Tenho dito a amigos e pessoas que se dispõem a me acompanhar na idéia que plantei de varrer o desânimo que tomou conta de nossa região, que a campanha eleitoral tem duas datas para começar: a data oficial, que o Tribunal Superior Eleitoral fixa em 6 de julho, e a data real que vai coincidir, uma semana depois, com o final da Copa do Mundo, porque as atenções estão totalmente voltadas para a África. E insisto: nem vejo como condenar esse interesse. Há dias, já disse aqui que qualquer povo tem direito de cultivar suas paixões, e entre nós o futebol é uma delas.
Acresce outra questão, esta com peso especial, e quanto a ela também já tive oportunidade de comentar. É sobre a duração das campanhas eleitorais. Dois meses e meio me parecem mais que suficientes para que os candidatos e os partidos, com suas idéias e compromissos, cheguem aos eleitores. É tempo adequado para que postulantes e votantes se conheçam e ajustem confianças mútuas, ainda mais que a disputa está, em nossos dias, quase toda concentrada no palanque eletrônico. Portanto, não há mais lugar para essas campanhas quilométricas, que se perderam no passado, quando o voto dependia das demoradas viagens pelo interior e das cartas que os candidatos enviavam aos chefes políticos.
Bem, iniciada no momento oportuno, a campanha precisa ser séria, objetiva, sem o blablablá dos demagogos, mas é necessário que se torne uma conversa sincera entre quem pede o voto e quem pode oferecê-lo.
Não deixa de ser preocupante a previsão de que uma parcela do eleitorado ainda é alvo de fantasias, das promessas mirabolantes, e, pior, objeto de troca de interesses. Exatamente por causa de antigas e repetidas enganações é que a cidade e a Mata mergulharam no atraso em que estamos vivendo, superadas por outras regiões, sem voz política e sem representação. A Mata acabou virando isso.
Mas, reconheçamos, tudo resultou de condutas políticas equivocadas que não devemos repetir. Por repeti-las já fomos longamente castigados. Os costados permanecem sangrando.
Não sei se já falei sobre a questão que abordo agora, mas, se não for novidade, vale a repetição pela sua própria importância. É fundamental que a campanha não descuide desta objetividade primordial: que nossa futura representação parlamentar não adote o modelo da atuação individual, mas seja orientada por um sentimento coletivo, e com ele exercer pressão sobre os governos estadual e federal. No caso presente e no particular da região, nunca foi tão verdadeiro o velho ditado de que a união gera a força. E desde agora o eleitor deve cobrar isso dos candidatos.
O. P
terça-feira, 29 de junho de 2010
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8 comentários:
quero vc contruindo trem de supervicie e aeroporto para disco voador,cara de pau.
Desde o século XIX a região da Zona da Mata é refém de políticos que só querem defender seus interesses (vide Andradas e Bias Fortes) e que carregam consigo uma turma de seguidores incapazes. Não é possível que a população não veja que essa "política" Tarcísio-Bejani-Custódio está matando a cidade. Estamos ficando cada vez mais atrasados em relação ao restante do país.
Continuamos não enfrentando as causas das grandes calamidades brasileiras.
>> Justiça em estado precario e não enfrentando com coragem as grandes máfias da corrupção;
>> Governo e governantes pensando que o saco é sem fundo e destruindo as iniativas privadas que geram riquezas e pagam impostos;
>> Cultura do empreededorismo inexistente e elite brasileira parasitando dentro das maquinas publicas, onde esmagam o povo com nepotismo, filhotismo, corrupçõe, etc;
>> Brasil sem foco em educação, ciencia, tecnologia e ações geradoras de desenvolvimento e prosperidade. Tudo que se discute pelos politicos são masturbações e trocas de interesses sem proposito coletivo;
>> Gastos publicos dando privilégios ao funcionários que desconsideram a necessidade do que geram receitas. Empregos, Salarios e direitos absurdos pagos no setor publico com o dinheiro do contribuinte;
>> Povo votando em muitos politicos corruptos pelo grande despreparo da população e complacencia da sociedade/justiça.
.....NINGUEM SE METE EM RASPAR AS GRANDES FERIDAS E SEM ESTRATEGIAS NÃO CHEGAMOS EM NENHUM PORTO.
Caro Omar Peres,o nosso maior problema e exatamente esse,CREDIBILIDADE.Em quem confiar?Como ter certeza que depois de eleito,aquele candidato que prometeu acabar com o nosso sofrimento,não vai se aliar aos corruptos,e pensar somente nele?Falta homens publicos de verdade.Honestidade e virtude em qualquer lugar do mundo,menos no Brasil,ja que aqui,ser honesto e mesma coisa que ser otário.Esse projeto ficha limpa e uma palhaçada.O Bejani por exemplo pode se candidatar,ja que não foi condenado em nada,ate agora.Nosso problema e cultural,esta em nossa criação.Não a que recebemos dos nossos pais e nos colegios,mas a que convivemos no dia dia.O importante e ter dinheiro,não importa a forma que ganhou,desde que vc tenha dinheiro vc e chamado de doutor,e respeitado e seu nome publicado na coluna do Cabelinho.Todos nos sabemos que varias contas bancarias abastadas que existem em Juiz de Fora,foram conquistadas de maneira ilicita pelos seus titulares.O que tem de bandido de gravata em Juiz de Fora não e brincadeira.Da um pulo no ceresp e vai ver se tem algum desses bandidos preso por lá.Pelo contrario,desce e sobe o calçadão com largos sorrisos,e saudado por um bando de verdadeiros idiotas,e a vida segue nessa nossa complicada cidade.Mas milagres acontecem,eu acredito.Quem sabe no meio desse mar de lama e podridão que se tornou o meio politico brasileiro,exista um oasis limpo,de pessoas honestas que realmente queiram trabalhar em prol da cidade e de sua população.Hoje eu posso afirmar sem medo de errar,que em Juiz de Fora,tanto na camara de vereadores,como na prefeitura,so existem pessoas egoistas,mentirosas e corruptas.Umas mais,outras menos,mas todo mundo tem rabo preso.Pelo menos e o que parece,ja que denuncia vai,denuncia vem,e nada nem ninguem toma atitude nenhuma.Espero sinceramente que o candidato Omar Peres habite esse oasis de honestidade.O tempo e suas atitudes vão mostar a verdade.
Só espero que em sua campanha e em seu mandato, o sr. deixe de defender a infeliz idéia de transformar Juiz de Fora na horrível Três Rios.
Em primeiro lugar porquê a população de Três Rios recorre a Juiz de Fora para quase tudo: Saúde, Educação, consumo, entretenimento, etc.
Segundo, porquê a tradição de JF é a da cultura, das artes, do conhecimento, do ensino público de qualidade, dos museus, das livrarias e outras vocações nessa linha. Por isso era chamada de Athenas Mineira.
Juiz de Fora não pode continuar como responsável pela empregabilidade de todo o Sudeste mineiro, o que é necessário é que as demais cidades da região se fortaleçam e deixem de enviar seus desempregados para Juiz de Fora.
Tem cada postagem aqui que dá pena. Retrato da decadencia que vem assolando a cidade. A primeira, 29 junho 19:50, típica de eleitor responsável por essa situação na cidade, é a cara do idiota típico.
A do 30, 10:59.... transformar a cidade numa TRios.... que disse isso, ele não entendeu. Manchester Mineira, Athenas de Minas, vc deve estar variando.
Esses e muitos outros, são responsáveis pelo que a cidade passa.
Caro amigo do post acima, concorso com o Senhor que nossa tradição seja da educação e cultura, mas essas atividades são mantidas pelo comercio e pela industria, nosso passado também é industrial, éramos também a Manchester Mineira, isso acabou faz tempo, minha familia toda saiu de JF por não encontrar na cidade opções boas de emprego! temos de ter novamente um progresso sustentavel em nossa região! não é possivel em um país com um crescimento "chinês" nós novamente não ficarmos fora dele! fui a juiz de fora nesse fim de semana, notei que está sendo construido mais um hospital agora temos o joão penido, o HU, o hospital muiciap Cotrel, o que falta são médicos, o que adianta uma cidade abarrotada de hospitais e sem médicos? temos de ter politicos com propostas objetivas! essas obras no meu ver são meramente eleitoreiras!
a verdade doi, mas a cidade, localizada entre rio e bh, dizem as más linguas, serve só para se dar uma parada, pra mijar. Por sinal, ela anda fedendo.
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