Um restaurante e outros fracassos

Em fevereiro de 2008 protestei aqui contra a indignidade do prefeito de então, que mandou afixar nos ônibus uma de suas muitas propagandas enganosas, prometendo que não apenas construiria o restaurante popular como também garantia a refeição a 99 centavos.
Nem uma coisa nem outra. E, pelo que sei, entre os perdões que anda pedindo em sua nova carreira evangélica essa farsa não foi incluída.

Passaram-se os meses, aquele prefeito foi preso, teve de renunciar. Vieram as eleições. O novo prefeito eleito chegou com a mesma conversa, mas, talvez por saber intimamente que não cuidaria do tal restaurante, não ousou o absurdo de falar em preço da refeição. Custódio deixou o assunto cair no esquecimento. Dezesseis meses depois de tomar posse, não se fala mais nisso. Pelo que sei, mesmo nos gabinetes de assessoria próximos a ele o restaurante continua nas gavetas, enquanto em outras cidades a obra foi concluída e o serviço está em pleno funcionamento.

Ora, se a prefeitura não conseguiu realizar a obra que o ministro Patrús Ananias começou, e para a qual manifestava grande interesse, não haverá de ser agora, ele fora de Brasília, que ela obterá êxito.

O povo não é tão bobo quanto essa gente pensa! O trabalhador braçal não tem dinheiro para comer e um restaurante popular sempre inexistente lhe é prometido. Desse jeito, o atual prefeito, como seu antecessor, vai consolidar sua posição de campeão de rejeição! É mentira demais!

Vou enumerar algumas falsidades que a administração andou apregoando no curso dos seus 16 meses: o restaurante popular, a despoluição do Rio Paraibuna, melhoria do atendimento no HPS, a construção do hospital da Zona Norte, que se arrasta, o conteúdo social no cálculo da tarifa de ônibus, o ginásio poliesportivo, criação de novos empregos, entre muitas coisas que os ventos levaram.

Por fim: o que se diz é que Custódio em breve passará a pensar em sua reeleição. Pessoalmente não acredito, mas não vou apostar, porque os entendidos afirmam que em política sempre é possível qualquer monstruosidade. Mas será que ele acredita mesmo na possibilidade de alterar o rumo da sólida rejeição que construiu?

O. P.