segunda-feira, 29 de junho de 2009

Como o velho conhaque

Foi poucos meses antes da eleição que, tomando Juiz de Fora como exemplo, mas também com a leitura pela internet de jornais de várias partes do País, chamei atenção, muito preocupado, para uma tendência de líderes políticos de transferir para os filhos o patrimônio eleitoral que juntaram. Se é possível comparar, seria como se a cidade e o estado ressuscitassem aqueles antigos feudos ou reinados em que o herdeiro ganhava não só os bens dos domínios de terras e castelos, mas também a coação sobre povo, forçado a manifestar simpatias nem sempre do seu agrado. No caso em tela, herdam-se também o voto de quem conquistou o direito de votar. Pois, passadas as eleições que ensejaram tal observação, as coisas tendem a ser as mesmas. Pais, encantados com os filhotes que nem sempre têm capacidade para voos solos, armam campanhas para a eleição de seus sucessores, servindo-lhes de muletas, o que lhes tem valido o apelido de um conhecido conhaque, o tal que passa de pai para filho.

As monarquias evidentes ou dissimuladas estão acabando, tal como se deu, no ano passado, no Nepal. Filhos, irmãos e parentes do rei serão, doravante, cidadãos comuns, tendo de conseguir um trabalho fora do serviço público. O povo não mais sustentará a quem, por ser parente do rei, sempre viveu encastelado, ditando regras, remunerado com altos salários, pago com o dinheiro que sai suado do trabalhador.

Em outubro de 2010, ainda com muito tempo para o eleitor refletir sobre isso, Juiz de Fora, como centenas de outras cidades, também será colocada – não tenham dúvida – diante de situações em que o objetivo não é a competência, o espírito público e o ideal de servir, mas um projeto de família. Já que os meninos não dão pra nada, que sejam protegidos com um mandato; depois pelas reeleições, a serem cuidadas em tempo.

No dia da eleição, a cidade precisa dar um basta a esse revezamento familiar, mas caminhar para uma verdadeira renovação, democrática e competente.


O. P.

8 comentários:

Anônimo disse...

O Nepotismo e o filhotismo são canceres não somente da politica em Juiz de Fora, mas ocorre na universidade, no serviço publico em geral e em muitos segmentos privados de JF.
Veja na classe dos Médicos, onde existe a maior forçada de barra. No último mes recuseu ser atendido pelo filho após muitos anos como cliente do Pai Médico.

O que piora a situação é verificar que os filhos consequem ser piores do que os pais, mesmo tendo o máximo de boa vontade PARA EVITAR INJUSTIÇAS. Neste ritmo provinciano Juiz de Fora está sendo dominada por bandidos,traficantes, corruptos e e futuros delinguentes social.

Marra.

Anônimo disse...

" Até quando????


Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata !

Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage.

Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda um regimento de blindados.

Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o dobro de um professor universitário federal concursado , com mestrado, doutorado e prestígio internacional.

Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone" ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas.

PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UM CHOQUE DE MORALIDADE, NOS TRÊS PODERES DA REPÚBLICA , ESTADOS E MUNICÍPIOS, ACABANDO COM OS OPORTUNISMOS E CABIDES DE EMPREGO.

OS RESULTADOS NÃO JUSTIFICAM O ATUAL NÚMERO DE SENADORES, DEPUTADOS FEDERAIS, ESTADUAIS E VEREADORES.

TEMOS QUE DAR FIM A ESSES "CURRAIS" ELEITORAIS, QUE TRANSFORMARAM O BRASIL NUMA OLIGARQUIA SEM ESCRUPULOS, ONDE OS NEGÓCIOS PÚBLICOS SÃO GERIDOS PELA " BRASILIENSE COSA NOSTRA ".

O PAÍS DO FUTURO JAMAIS CHEGARÁ A ELE SEM QUE HAJA RESPONSABILIDADE SOCIAL E COM OS GASTOS PÚBLICOS.

JÁ PERDEMOS A CAPACIDADE DE NOS INDIGNARMOS. PORÉM, O PIOR É ACEITARMOS ESSAS COISAS, COMO SE TIVESSE QUE SER ASSIM MESMO, OU QUE NADA TEM MAIS JEITO.



VALE A PENA TENTAR.



PARTICIPE DESTE ATO DE REPULSA . ..REPASSE ...... NÃO SEJA OMISSO. NA ÉPOCA DO COLLOR A IMPRENSA SE MOVIMENTOU E DEU NO QUE DEU, HOJE A IMPRENSA É REFEM DO GOVERNO, POIS ESTÁ PENDURADA EM DÍVIDAS DE IMPOSTOS E NÃO PODE REPETIR A DOSE. "

Anônimo disse...

A reação dos eleitores que tem menos acesso a educação, seja pela falta de oportunidade ou pela falta de vontade, é de escolher um nome ou sobrenome conhecido.

O eleitor despreparado é levado pelo poder de "imagem" e não pelo poder do "projeto ou competência". O sucessor "político-familiar" tem grande vantagem por ter forte visibilidade.

Já escutei muitas vezes as pessoas falando: ...não voto no fulano pois será mais um para roubar, melhor deixa esse mesmo aí...

Como você comentou em um post antigo sobre o jeito mineiro de ser... não podemos confundir "tradição" com "servidão".

Em um país onde a educação não é prioridade e os eleitores, em sua maioria despreparados, o candidato APARECER tem mais chances que o candidato FAZER.

Repito, NÃO ao voto OBRIGATÓRIO, SIM ao voto FACULTATIVO.

jorge disse...

É, Omar, esse "feudo" não se restringe a Juiz de Fora, infelizmente! A prova disso é se exemplificarmos alguns nomes:
Sarney e filhos,
ACM e neto
Romeu Tuma e filho
Tarcisio e Júlio Delgado
Custódio e Rodrigo
Marcelo Siqueira e Bruno,
Os Andradas,
Tancredo e Aércio...
Mas as eleições estão aí e essa prática "coronelista" já está mostrando, através de escândalos, o enriquecimento ilícito de muitos desses políticos de carreira que continuam pensando que ainda vivemos num sistema de Capitanias Hereditárias.
Mas SÓ QUEM PODE romper com isso somos nós, através do voto consciente.

Anônimo disse...

Eu havia falado que nao iria mais participar deste blog, porém, as coisas estao acontecendo aqui na PMJF e ninguem toma providencia. Agora é mais esta jogada do Sargento V3 no recadastramento dos funcionarios onde temos que colocar numero do titulo de eleitor, zona e seçao quem souber os reais motivos favor denunciar pois Vitor vitoria valverde nao esta brincando ele esta preparando uma rasteira no tucano de bigode que em breve vera quem é o V3.

MARCUS PAULO

Anônimo disse...

Dr. OMAR PERES,

MEU VEEMENTE PROTESTO PELA CONSTATAÇÃO DE PROPAGANGA ENGANOSA, JÁ QUE O SEU BLOG NÃO PUBLICA MAIS OS COMENTÁRIOS POSTADOS...SINCERAMENTE, ERA UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO PARA DAR OS NOSSOS PITACOS...ASSIM, VENHOR PROTESTAR PELA NÃO ATUALIZAÇÃO DOS COMENTÁRIOS...O 'FEED-BACK" JÁ NÃO CORRESPONDE MAIS O QUE É PROPAGADO NA TV, E NO JORNAL, ESTIMULANDO A TODOS PARTICIPAREM COM SEUS COMENTÁRIOS...
SERÁ QUE É PORQUE CHEGOU AO REGISTRO HISTÓRICO DE 1 MILHÃO DE COMENTÁRIOS?????
SINCERAMENTE, O QUE ESTÁ ACONTECENDO ????????????????????
SERÁ QUE A LEI 5250 - DE IMPRENSA VOLTOU COM A CENSURA ???????????
TÔ FORA. ALIÁS, FORA SARNEY, FORA BEJANI!!!!!!!!!!!!!!

Próximo prefeito de JF disse...

É verdade e concordo com vc, e por isto que serei candidato a prefeito em 2012, por ser uma pessoa que já contribuiu muito por esta cidade e poderei fazer muito mais.

Anônimo disse...

omar vc esqueceu de mim junior candidato a dep.estadual pelo pv em juiz de fora