quinta-feira, 22 de abril de 2010

UMA AULA DE DEMOCRACIA

Podemos até não gostar de sua postura como Presidente da Suprema Corte do país (Superior Tribunal Federal - STF) . Podemos criticá-lo por seu excesso de exposição na mídia. Mas, Uma coisa é certa: o Presidente Gilmar Mendes, dá ao país, uma aula de democracia, ao conceder essa entrevista para o YouTube, inaugurando uma nova forma do poder, no caso o judiciário, se comunicar com a sociedade brasileira.

Não o conheço pessoalmente, mas envio-lhe, como cidadão brasileiro, sedento de justiça, os meus mais sinceros agradecimentos, e profundo reconhecimento por ter tido essa coragem cívica ao se mostrar para todo o país, abertamente e sem censura.

Ao se expor, sem restrições de perguntas, Gilmar Mendes nos deu um grande exemplo de coragem , e de liberdade, ao contrário de tantos membros de nosso Judiciário.

Até essa data, no mundo inteiro, somente dois homens concederam entrevista pela internet: o Presidente Barac Obama, e Gilmar Mendes.



Parabéns.



3 comentários:

Anônimo disse...

O candidato e o mosquito da dengue
Publicado em 22-Abr-2010

Leiam abaixo a colaboração que recebi do amigo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), ex-presidente nacional do PT:

"Em Minas, Serra prometeu desmontar o legado de Lula. Disse o seguinte o candidato do conservadorismo nativo:

a) O PAC não existe –‘é uma lista de obras’- logo, não será continuado;
b) Todos os contratos federais assinados durante o governo Lula serão revistos, logo, vai paralisar o Estado e o país;
c) O Mercosul só atrapalha; logo, vai desmontar a política externa que mudou a inserção subordinada e dependente do país herdada de FHC; t
d) Também criticou a Funasa atual, logo, vai repetir o que fez quando foi ministro da Saúde de FHC, entre 1998 a 2002. E o que fez condensa em ponto pequeno o que promete agora repetir em escala amplificada, se for eleito.

Recuerdos pedagógicos:

I) Serra assumiu o ministério da Saúde em 31 de março de 1998, em meio a uma epidemia de dengue; prometeu uma guerra das forças da saúde contra a doença;
II) Iniciou então o desmonte que ameaça agora repetir;
III) Primeiro, ignorou as linhas de ação e planos iniciados por seu antecessor, o médico Adib Jatene;
IV) Em nome de uma descentralização atabalhoada, transferiu responsabilidades da FUNASA, Fundação Nacional de Saúde, o órgão executivo do ministério, para prefeituras despreparadas e sem sincronia na ação;
V) Em junho de 1999, Serra demitiu 5.792 agentes sanitários contratados pela FUNASA em regime temporário, acelerando o desmonte do órgão, em sintonia com a agenda do Estado mínimo;
V) Um mês depois, em 1º de julho de 1999, o procurador da República Rogério Nascimento pediu à Justiça o adiamento da dispensa dos 5.792 mata-mosquitos até que as prefeituras pudessem treinar pessoal; pedido ignorado por Serra.
VI) Em 5 de agosto de 1999, num despacho do processo dos mata-mosquitos, a juíza federal Lana Maria Fontes Regueira escreveu: "Estamos diante de uma situação de consequências catastróficas, haja vista a iminente ocorrência de dengue hemorrágica".
VI) O epidemiologista Roberto Medronho, diretor do Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, completaria: ‘"A descentralização da saúde não foi feita de forma bem planejada. O afastamento dos mata-mosquitos no Rio foi uma atitude irresponsável”
VII) Em abril de 2001, a Coordenação de Dengue do município do Rio previu uma epidemia no verão de 2002 com grande incidência de febre hemorrágica. A
sugestão: contratar 1.500 agentes e comprar mais equipamentos de emergência foi ignorada por Serra;
VIII) O ano de 2001 foi o primeiro em que os mata-mosquitos da Funasa, dispensados por Serra não atuaram . A dengue, então, voltou de forma fulminante no Rio: 68.438 pessoas infectadas, mais que o dobro das 32.382 de 1998, quando Serra assumiu o ministério;
IX) Em 2002, já candidato contra Lula, Serra era ovacionado em vários pontos do país aos gritos de 'Presidengue !'. Justa homenagem a sua devastadora atuação na saúde pública.

(Dados colhidos nos arquivos da Folha que preferiu esquece-los; 20-04)"

Vejam também o blog do Berzoini.

http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=1&Itemid=2

Anônimo disse...

Acho muito errado qualquer juiz falar fora dos autos.

Além do mau exemplo aos demais juízes, aos advogados e aos estudantes de Direito, pode acontecer de um dos assuntos tratados na entrevista chegar ao STF e a decisão do juiz falador já ter sido enunciada publicamente.

Acho que deveria haver uma lei PROIBINDO terminantemente qualquer juiz de se manifestar fora dos autos, como nas melhores democracias do mundo.

O caso do presidente Obama é totalmente diferente, pois ele como ocupante de um cargo executivo para o qual foi eleito, não só pode como DEVE dar frequentes entrevistas sobre todos os assuntos.

Espero que o sr. não tenha pretendido colocar no mesmo nível o presidente dos EUA e o asqueroso gilmar mendes (ou será gilmar dantas?).

Anônimo disse...

A Idade Mendes

Por Leandro Fortes (http://brasiliaeuvi.wordpress.com)

No fim das contas, a função primordial do ministro Gilmar Mendes à frente do Supremo Tribunal Federal foi a de produzir noticiário e manchetes para a falange conservadora que tomou conta de grande parte dos veículos de comunicação do Brasil. De forma premeditada e com muita astúcia, Mendes conseguiu fazer com que a velha mídia nacional gravitasse em torno dele, apenas com a promessa de intervir, como de fato interveio, nas ações de governo que ameaçavam a rotina, o conforto e as atividades empresariais da nossa elite colonial. Nesse aspecto, os dois habeas corpus concedidos ao banqueiro Daniel Dantas, flagrado no mesmo crime que manteve o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda no cárcere por 60 dias, foram nada mais que um cartão de visitas. Mais relevante do que tudo foi a capacidade de Gilmar Mendes fixar na pauta e nos editoriais da velha mídia a tese quase infantil da existência de um Estado policialesco levado a cabo pela Polícia Federal e, com isso, justificar, dali para frente, a mais temerária das gestões da Suprema Corte do País desde sua criação, há mais cem anos.

Num prazo de pouco menos de dois anos, Mendes politizou as ações do Judiciário pelo viés da extrema direita, coisa que não se viu nem durante a ditadura militar (1964-1985), época em que a Justiça andava de joelhos, mas dela não se exigia protagonismo algum. Assim, alinhou-se o ministro tanto aos interesses dos latifundiários, aos quais defende sem pudor algum, como aos dos torturadores do regime dos generais, ao se posicionar publicamente contra a revisão da Lei da Anistia, de cuja à apreciação no STF ele se esquivou, herança deixada a céu aberto para o novo presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso. Para Mendes, tal revisão poderá levar o País a uma convulsão social. É uma tese tão sólida como o conto da escuta telefônica, fábula jornalística que teve o presidente do STF como personagem principal a dialogar canduras com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.

A farsa do grampo, publicada pela revista Veja e repercutida........

seque a leitura no link:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/04/23/leandro-fortes-faz-a-autopsia-da-idade-mendes-vade-retro/