sábado, 9 de maio de 2009

Casseta e Planeta não quis ofender prostitutas

Preocupante e triste: Gilmar Mendes, ministro-presidente da mais importante Corte de Justiça, foi alvo de manifestação popular em frente à sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. É a primeira vez que isso ocorre em nosso País. Líderes da manifestação, que teve a participação de centenas de pessoas, disseram que o ministro Gilmar Mendes estaria fazendo política com o mais importante cargo e instituição da Justiça brasileira, citando o exemplo do banqueiro Daniel Dantas, solto duas vezes por decisão de Gilmar.
A manifestação, à noite, teve como símbolo milhares de velas acesas que, segundo as lideranças da organização do protesto, teriam o objetivo de mostrar que "o Judiciário é obscuro em suas decisões e que, por isso, precisa ser iluminado".
A repercussão da manifestação teve eco em todo o Brasil. O jurista Dalmo Dalare, em entrevista, diz que essa manifestação preocupa, pois um ministro do Supremo Tribunal Federal ser alvo de protesto popular significa que a Justiça não está representando e exercendo o seu papel na sociedade.


Brasil 2

O programa "Casseta e Planeta", em um de seus quadros (sensacional !!!) , mostrou uma prostituta que se sente ofendida por ter sido chamada de deputada !!! Mais sensacional ainda foi o que disseram os atores do "Casseta" em nota oficial, distribuída à imprensa:
Não tivemos a menor intenção de ofender as prostitutas!


Sensacional

Valeu "Casseta"! Continue a falar exatamente o que pensa o povão deste País!
Alguns deputados querem processar o programa da TV. Desculpem-me: qua, qua, qua, qua. E essa gente tem moral para processar gente séria como os atores do "Planeta e Casseta"? Primeiro, duvido que isso aconteça. Os deputados sérios (alguns poucos) devem ter adorado o programa. Já a grande maioria, que nos dá exemplos diários de picaretagem e roubo do dinheiro público, essa está preocupada.
Já imaginaram as centenas de exemplos de verdadeiros atos de prostituição do Congresso que os advogados dos membros do Casseta vão mostrar no Tribunal? Só a distribuição de passagens para parentes e amigos já prova a inocência dos atores do programa de humor mais sério do Brasil.
Assim caminha o Brasil. É lamentável ver um ministro da Suprema Corte sendo achincalhado publicamente, e deputado ser comparado a prostituta. Muito triste, mas ao mesmo tempo, muito bom podermos falar. Isto chama-se democracia.

O.P.

21 comentários:

Anônimo disse...

Já tornou rotina na cidade, fazerem tombamento de imoveis no sabado (digo demolição). Não colocarem tapume como é obrigatorio por lei. Não preocuparam com os transeuntes. Foi salve quem puder. Também pudera. Com a justi~ça la de cima, tá dificil. Por favor o ultimo escandalo que sair apague a luz.

Anônimo disse...

MUDANDO DE PROSA...

ONTEM, EU VI O "B O Q U I T A" (COSME DO SINDICATO) TODO FELIZ (COM AQUELES DENTINHOS LINDOS)PASSEANDO PELA RUA HALFELD.

PARECIA VEREADOR QUE ACABAVA DE TER UM GRANDE PROJETO APROVADO.

ESTAVA INDO EM DIREÇÃO AO PRÉDIO DA REDE... COM UMA BOLSA TIRA-COLO PENDURAOD NO PESCOÇO...

ESTAVA LINDO... PAREI ATÉ PARA OLHAR.

QUE CARA CHARMOSO! que boquinha ...

DIZEM QUE ELE COMPROU UM NOVO CARRO...

"PRÊMIO"

hehehehehehe

Dr. Babosa disse...

Viva a Democracia

Anônimo disse...

Política

ENTREVISTA > PAULO CÉSAR BARCELOS CASSIANO JÚNIOR
Polícia Federal na cidade natal


À frente da delegacia da Polícia Federal de Campos desde fevereiro, o campista Paulo César Barcelos Cassiano Júnior toma posse, oficialmente, somente essa semana, possivelmente na sexta-feira. Mas, mesmo antes disso, já vem imprimindo uma nova marca à DPF, com divulgação de casos, além de um ritmo mais rápido, porém minucioso, nas investigações. Como caso de maior vulto, até agora, como faz questão de frisar, está a operação "Cinquentinha", que levou à prisão o subsecretário adjunto de Governo da Prefeitura de Campos, Thiago Machado Calil, o pai dele, José Geraldo Calil e o supervisor de Serviços Municipais, Assis Gomes da Silva Júnior. Paulo Cassiano Junior diz não haver dúvidas da compra de votos em Vila Nova para beneficiar os candidatos Rosinha Garotinho e Marcus Alexandre. Não esconde relações de sua família com a prefeitura - um irmão, inclusive, tem cargo de confiança - mas afirma que isso não o inibe: "Se tiver que cair todo mundo por conta disso, não tem problema". E acrescenta: "Sou apaixonado por minha profissão e orgulhoso da instituição a que sirvo. Nada me frearia, nem nada vai me frear", garante.

Folha da Manhã - O senhor será empossado como delegado titular da Polícia Federal de Campos na próxima semana. A data já está confirmada?
Paulo Cassiano Júnior - Ainda não. Deve ser confirmada hoje (sexta-feira) à tarde (a data provável, de acordo com o delegado, é a próxima sexta-feira, às 15h, na própria delegacia).

Folha da Manhã - Qual é a sua proposta de trabalho e quais são as metas de sua gestão?
Paulo Cassiano Júnior - A principal delas é tornar a delegacia mais operacional. A unidade já tem uma boa quantidade de inquéritos e minha meta é torná-la mais operacional, fazer com que a gente consiga traduzir as investigações, em resultados práticos de polícia judiciária.

Folha da Manhã - Quantos inquéritos estão em andamento hoje na delegacia?
Paulo Cassiano Júnior - Aproximadamente de 1,4 mil.

Folha da Manhã - Qual é o índice de resolutibilidade dos inquéritos. Quantos já geraram denúncia?
Paulo Cassiano Júnior - Eu não tenho esta estatística.

Folha da Manhã - Quais são os principais crimes investigados na delegacia da Polícia Federal de Campos?
Paulo Cassiano Júnior - Ah, tem de tudo aqui: eleitoral, entorpecente, contrabando... Fraudes de maneira geral contra órgãos públicos, sonegação fiscal. Tem de tudo. Este universo é bem diversificado.

Folha da Manhã - Quanto à forma de atuação, o que vai mudar? O senhor sempre trabalhou em área mais investigativa. Agora, na operacionalidade, qual será a dinâmica de trabalho adotada?
Paulo Cassiano Júnior - Eu sempre trabalhei com inquérito, exceto em um período que eu trabalhei como chefe do aeroporto de Brasília. Foi quando deixei de presidir investigações e passei a cuidar de expedição de passaporte, controle de estrangeiros, de imigração. Tirando este período, que durou pouco menos de um ano, eu sempre trabalhei com investigação. Eu trabalhei na Corregedoria, onde fazia correição em inquéritos de outros colegas e depois trabalhei contra a inteligência policial. Eu investigava policiais, mas não do ponto de vista administrativo, mas do ponto de vista criminal mesmo. Estar à frente de uma delegacia como a de Campos é um desafio, na medida em que eu tenho que tomar conta não apenas de toda a parte administrativa, que envolve recursos materiais, alocação de recursos humanos, mas também da parte operacional como distribuição de inquérito, operações policiais. A parte institucional fica concentrada na minha figura. Eu é que sou a ponte com o Ministério Público, com o judiciário, com a imprensa, com os demais órgãos públicos. Isso é uma novidade na minha carreira, mas eu me sinto bastante preparado para enfrentar este desafio.

Folha da Manhã - Depois que a delegacia da Polícia Federal voltou para Campos, esta é a primeira vez que tem um campista à frente. Isso ajuda ou atrapalha?
Paulo Cassiano Júnior - Eu acho que fazer atividade policial na cidade natal tem um aspecto positivo e um outro negativo. O positivo é o de ter maior acesso à informação. Como eu conheço muitas pessoas, acabo tendo mais fonte e nossa matéria-prima é informação. E isso me chega com muito mais facilidade do que chegaria a um outro policial que não fosse da cidade ou da região.

Folha da Manhã - A intimidade com fonte pode, de alguma maneira, atrapalhar?
Paulo Cassiano Júnior - Essa é a coisa que, teoricamente, seria negativa. O fato de eu ser daqui gerar a impressão nas pessoas de que elas podem ter mais facilidade com os seus interesses no que focam à Polícia Federal. Digo teoricamente, porque, na prática, eu procuro afastar isso com o meu comportamento. As pessoas só se equivocam uma vez em me procurar para acelerar ou retardar, de acordo com os seus interesses, qualquer coisa aqui. Sempre pauto todas as minhas decisões pelo espírito público e pela legalidade: tem direito, tem. Pode ser simpático a mim, desafeto, antipático. É absolutamente impessoal, absolutamente técnico.

Folha da Manhã - Como é que você vê essa questão do Supremo com a polícia, na questão das acusações de ministro do Supremo de supostos grampos ilegais, uso de algemas, acusações de policialismo, analogias que não são honrosas?
Paulo Cassiano Júnior - Eu vejo com tranqüilidade e, ao mesmo tempo, com uma certa apreensão e preocupação. Porque, de uns anos para cá, o trabalho da polícia ganhou bastante evidência. E o trabalho da Polícia Federal acabou atingindo um extrato social que sempre passou incólume a qualquer tipo de aborrecimento, a qualquer tipo de incômodo. E nós temos observado que, ao longo desses últimos anos, esta realidade mudou um pouco. Passamos a direcionar e a atingir estas camadas que nunca haviam sido importunadas. Então seria natural pelo peso econômico, pelo peso político que têm estas figuras, estas pessoas que são alvo das nossas operações, que fosse levantado um certo movimento para questionar as práticas da polícia. Eu digo com tranqüilidade porque tenho certeza de que, de uma maneira geral, o trabalho da Polícia Federal é desenvolvido com respeito à questão legal, às normas internas inclusive. E falo com uma certa apreensão porque, de alguma maneira, este movimento que acabou ganhando um eco no judiciário, sobretudo com o atual presidente do Supremo Tribunal (Federal, Gilmar Mendes), pode acabar tornando a polícia como vitrine para apedrejamento, que eu considero indevido.

Folha da Manhã - Como você vê a questão das algemas e a midiatização da Polícia Federal?
Paulo Cassiano Júnior - Eu acho um tanto exagerada esta crítica à suposta midiatização. Eu acho que a Polícia não deve ter a imprensa como sua inimiga. Até porque, o artigo 37 da Constituição diz que os atos da administração pública devem obedecer ao princípio da publicidade. Acho que a Polícia é um órgão do Estado apenas e, como tal, deve prestar conta de suas ações ao judiciário, no ponto de vista legal, e à população em geral que é destinatário de nossos serviços. O contribuinte é quem paga, quem custeia as nossas atividades e paga os salários dos servidores da Polícia. Acredito que as ações da Polícia devem ser tornadas públicas para que todos saibam como a Polícia trabalha. E até para que a Polícia possa se reciclar e sofrer as críticas construtivas da opinião pública e, a partir daí, aprimorar seus métodos. Portanto, eu considerado um pouco exagerada. O que não significa dizer que pontualmente num caso ou outro não haja, na minha opinião também, excesso por parte do delegado, da autoridade que conduz determinada investigação. A gente já viu historicamente alguns fatos de exposição indevida de presos e vazamento de informações. Isso não é desejável, não é certo, mas todos os abusos e deslizes cometidos por policiais são devidamente apurados pela nossa Corregedoria e isso não traduz a média do trabalho da Polícia.

Folha da Manhã - Você acha que houve isso no caso Protógenes?
Paulo Cassiano Júnior - Eu não conheço o caso dele. Eu não vi os autos. Só conheço de ouvir dizer. E, sendo assim, me parece que ele teria cometido alguns equívocos no ponto de vista administrativo. Isso tem sido objeto de atenção do órgão e está sendo apurado pelas instâncias administrativas cabíveis. Eu não posso opinar sobre o caso porque eu não conheço.

Folha da Manhã - E em relação às algemas, que foram alvo de críticas de Gilmar Mendes também, e às escutas? Algumas pessoas falam que talvez a escuta fosse um facilitador da investigação e que fosse para compensar a falta de trabalho de campo. O que o senhor acha disso?
Paulo Cassiano Júnior - Acho que o recurso da interceptação pode significar um certo comodismo por parte do policial. Porque é mais confortável ter informações dentro da sua própria casa, colocando um fone no ouvido, do que estar na rua, travando contato com fontes humanas. Acho que eu, como policial, não demonizo a interceptação telefônica porque acho uma ferramenta importantíssima em determinadas investigações. A ausência da interceptação telefônica dificulta, se não inviabiliza, acesso a informações importantíssimas, sem as quais a operação policial não sai. Mas, acho que não se pode ter a interceptação telefônica como muleta e relegar a segundo plano os métodos tradicionais de investigação. Acho que a interceptação, tanto quanto as operações da Polícia Federal de maneira geral, sofre crítica porque ninguém gosta de ter a sua intimidade devassada ou bisbilhotada. Mas a interceptação telefônica é recurso previsto na lei, é um recurso utilíssimo para a Polícia. Não acho que seja banalizada, até mesmo porque é importante ressaltar que ela é requerida pela autoridade policial, mas um membro do Ministério Público opina no pedido e o judiciário autoriza. Então nós sofremos, além do controle interno, um controle externo pelo Ministério Público e, acima de tudo, um controle judicial. Então, me parece "chororô".

Folha da Manhã - E sobre as algemas?
Paulo Cassiano Júnior - Acho a algema um utensílio de segurança. Acima de tudo, na bibliografia policial, no histórico das instituições que trabalham com Segurança Pública, o ato de prisão ele se abate sobre o preso de maneira drástica. O comportamento reativo daquele que recebe uma voz de prisão é absolutamente imponderável. Então, o uso da algema vai além da segurança dos policiais que estão participando da medida de prisão. ele é, sobretudo, um instrumento que garante ou procura preservar a segurança do preso e de terceiros que estejam no local. Há relatos, inclusive recentes, de colegas com quem eu tenho contato, de pessoas que receberam voz de prisão e praticaram atos insanos. Um colega, que trabalhou comigo em Brasília e esteve lotado no Rio por um tempo, trabalhou em uma busca e apreensão domiciliar de pedofilia pela internet, um crime que não deixa rastros de violência, nem de grave ameaça. Não havia ordem de prisão. A busca era apenas para apreender um computador na casa de um adolescente de 16 anos, na Zona Sul do Rio. A Polícia se identificou aos pais e tão só pela presença da polícia, constrangido e envergonhado pela apreensão do computador e pela divulgação da investigação aos pais, o menino, que não estava sob a custódia da polícia já que não ordem de prisão, se atirou pela janela. Cometeu suicídio na presença dos pais e da Polícia. Isso foi há poucos anos. Imagine se nós tivéssemos mandado de prisão, se eventualmente se tratasse de um maior de idade, que cometesse uma loucura destas. Estariam aí o chefe da equipe, o delegado, os policiais que deveria ter o dever de vigilância sobre ele, tendo que explicar por que razão o menino encontrou espaço para pular da janela, que é uma coisa absolutamente improvável. Essa questão da algema, tanto quanto a crítica sobre as interceptações telefônicas, a espetacularização das atuações da Polícia, me parecem apenas mais uma crítica que, na verdade, tem por objetivo esconder a verdadeira discussão que deveria ser sobre o melhor aparelhamento da Polícia, melhor sofisticação dos métodos de investigação, o porquê de a Polícia ter ao longo desses últimos anos multiplicado suas operações, suas prisões. Nós deveríamos discutir o porquê de tanta podridão estar vindo à tona agora, mais recentemente, e de não vir sendo investigado antes. Isso é que deveria ser mais importante na discussão.
Tatiana Freire, Aluysio Abreu Barbosa e Suzy Monteiro

Investigação doa a quem doer
Folha da Manhã - Desde que a Polícia Federal voltou para Campos, tivemos operações que chamaram a atenção da própria mídia local e também da internacional. O caso Cataguases, a operação "Petisco", a prisão de Chebabe, a operação "Telhado de Vidro". E desde que você veio para Campos, inegavelmente o caso de maior advento foi, por enquanto, a "Operação Cinquentinha".
Paulo Cassiano Júnior - Por enquanto.

Folha da Manhã - Como você vê as operações anteriores e como você vê essa na qual você está à frente, que é a "Cinquentinha"?
Paulo Cassiano Júnior - Sobre as anteriores não posso opinar porque tomei conhecimento apenas por ouvir dizer. Mas, como policial federal, se torna motivo de alegria para mim qualquer operação da Polícia Federal no Brasil inteiro, porque vejo que um colega foi bem sucedido em alguma investigação. Como cidadão, fico feliz por saber que alguma investigação deu certo e mais uma picaretagem veio à tona. Sobre elas especificamente não posso opinar porque conheço, só de ler pela internet.
Sobre a "Cinquentinha", não posso dizer muito, além do que já falei.

Folha da Manhã - Quem batizou a operação? Porque o nome "Cinquentinha"?
Paulo Cassiano Júnior - Eu não tinha nome para ela e ouvindo as pessoas ficou bastante caracterizado que o preço pago por cada voto era R$ 50. E duas pessoas declaram que venderam o voto para receber o "cinquentinha". Eu achei muito interessante que as pessoas tivessem o "cinquentinha" em mente, como se o voto fosse simplesmente um objeto posto sobre comércio. Achei sonoro e emblemático do que foi o modus operandi da organização criminosa de comprar votos por R$ 50. Mas, a "Cinquentinha" foi uma investigação que aconteceu por requisição do Ministério Público, através do doutor Vitor Queiroz, de quem eu tive uma excepcional impressão. Nós não nos conhecíamos. Ele entrou aqui (na sala) se apresentou, disse que tinha um inquérito para passar para a delegacia e nós trabalhamos lado a lado, dia a dia, conversávamos diversas vezes por dia. Ele foi um profissional que me deu apoio. Em todas as medidas que eu pensei fazer, nós trocávamos ideias. Acho importante deixar isso registrado porque marca, especialmente neste caso, uma aproximação da Polícia Federal com o Ministério Público, que eu considero para o nosso trabalho, importantíssimo e até indispensável. É uma coisa que pretendo fazer com outros promotores ou procuradores da República com quem nós venhamos a dialogar institucionalmente. Doutor Vitor tem sido excepcional, o inquérito ainda está em andamento. Ele trouxe a investigação, requisitou a instauração do inquérito e eu mesmo o instaurei e passei a presidir. À medida que eu ia colhendo as provas eu podia ver que na verdade se tratava de uma atuação orquestrada, organizada.

Folha da Manhã - Há alguma dúvida sobre a compra de votos?
Paulo Cassiano Júnior - Nenhuma dúvida, absolutamente, de que tenha ocorrido compra de votos. Tenho tanta certeza quanto a de que eu estou vivo agora.

Folha da Manhã - Para beneficiar o ex-vereador Marcus Alexandre e a candidata Rosinha?
Paulo Cassiano Júnior - Nenhuma dúvida. Está claro e cristalino.

Folha da Manhã - Você ontem chamou Marcus Alexandre para depor (depoimento ocorrido quinta-feira). Ele é um dos supostos beneficiários do esquema. Você vai chamar a outra suposta beneficiária, que é a prefeita Rosinha?
Paulo Cassiano Júnior - Prefiro não opinar sobre o que ainda pretendo fazer, porque acho que, neste momento, é importante manter sigilo sobre os meus métodos de investigação.

Folha da Manhã - Em 2004, a investigação do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) gerou a apreensão de R$ 318,2 mil na sede do PMDB. Pelo que você revelou, pelo que a "Somos Assim" trouxe no último domingo, parece que houve coincidência entre um modus operandi e o outro, até mesmo pelo valor que gerou o batismo desta operação. É coincidência?
Paulo Cassiano Júnior - Não posso afirmar, porque eu não conheço o caso e tampouco o inquérito. Não sei nem se o inquérito ainda está tramitando, se já foi relatado, se houve indiciamento. Não tenho, realmente, a menor ideia. A única coisa que eu soube, por ler na ocasião, até porque foi um caso rumoroso, é que houve apreensão em espécie na sede do partido. Mas, não sei nem quem foi que cumpriu, se foi a Polícia Federal, o Ministério Público apoiado pelo GAP.

Folha da Manhã - Mesmo grupo beneficiado e mesmo valor pago, R$ 50 por voto. E o valor é uma coisa emblemática.
Paulo Cassiano Júnior - É, não inflacionou o voto.

Folha da Manhã - O senhor falou de pontos positivos e negativos por ser um campista à frente da delegacia da Polícia Federal em Campos. Na "Operação Cinquentinha", especificamente, alguém chegou até o senhor para tentar minimizar a investigação ou alguma coisa neste sentido?
Paulo Cassiano Júnior - As pessoas chegam para passar informação. E tentam fazer de uma maneira muito cautelosa, porque os mais avisados sabem que eu não permito nenhum tipo de ingerência na minha atividade profissional. Então, tentam de maneira muito sutil passar informações, ora denegrindo determinadas pessoas, ora denegrindo determinadas instituições, veículos: "olha, atenção com o que diz de fulano, porque ele leva dinheiro de não sei quem. Cuidado com fulano porque ele pode estar mentindo e etc". Numa cidade de mentalidade tão provinciana como Campos, de muita ingerência política, onde se respira política e a prefeitura é a grande empresa da cidade, a economia é movida a partir da engrenagens da municipalidade, tudo o que, de alguma maneira, tangencia a questão política ganha uma importância muito grande. Até mesmo porque nós tivemos históricos recentes de cassação de prefeito, de impugnação de pleitos eleitorais. Então, isso é muito efervescente. Eu tenho uma capacidade de filtrar bastante isso, de me manter bastante sereno, equilibrado, não perder o meu foco, a minha linha de raciocínio, minha meta. Trabalho de maneiro bastante objetiva. Procuro esquecer tudo o que está ao meu redor. Não tenho preocupação de que isso um dia possa me atingir. Eu tenho um irmão que tem um DAS na prefeitura, minha mãe é aposentada estatutária da prefeitura, o meu pai é estatutário ainda ativo da prefeitura, a minha irmã é guarda civil municipal, ativa na prefeitura. E durante um tempo isso até gerou a desconfiança de que eu pudesse temer qualquer tipo de intervenção policial na prefeitura por conta disso. Mas eu tenho compromisso ético com a minha profissão. Tenho um compromisso legal e hierárquico com o superintendente que deposita confiança em mim. E se tiver que cair todo mundo da minha família por conta disso, não tem problema. Eu faço. Eu estou chefe da Polícia Federal de Campos e fiz concurso para ser delegado de Polícia. Eu sou apaixonado pela minha profissão e muito orgulhoso da instituição a qual eu sirvo. Nada me frearia, como não vai me frear.

Folha da Manhã - Quanto ao histórico político conturbado na questão eleitoral de Campos. Este seria o seu maior desafio à frente da Polícia Federal? Já deu para sentir isto ao longo dos cerca de dois meses que o senhor está como delegado da unidade?
Paulo Cassiano Júnior - Isso não é problema para mim. Ter tanta matéria-prima, tanto manancial para trabalhar é até uma coisa instigante, estimulante. Viver numa cidade em que a política é bastante discutida, está na ordem do dia, ocupa o noticiário, não me inibe. Eu simplesmente me mantenho alheio a isso. O meu trabalho é técnico. Sei que a partir dele as discussões existem, mas fico alheio a elas. Eu não fico lá tomando cafezinho no Calçadão para dar a minha opinião a respeito de nada. De maneira geral, falo não apenas por convicção profissional ou pessoal, mas por diretriz do superintendente regional da Polícia Federal, o combate a crimes que envolvem corrupção na máquina pública chama mais a atenção e a Polícia Federal tem se notabilizado por desenvolver ações neste campo. E aqui não vai ser diferente. Eu lamento que não tenha estrutura maior que possa tomar conta...

Folha da Manhã - Quantos policiais são?
Paulo Cassiano Júnior - São 35 policiais contando comigo, entre delegados, escrivãos, agentes. Numa perspectiva em nível ideal talvez fosse necessário o dobro.

Folha da Manhã - Em relação à "Cinquentinha", a ação sofreu críticas um pouco contundentes, por estranhamento de velocidade das denúncias, por parte do ex-governador Anthony Garotinho em seu blog e do deputado federal Geraldo Pudim que, inclusive, chegou a dizer que iria registrar em Brasília o estranhamento a essa suposta velocidade acelerada do desenrolar dos fatos. Como você responde a isso?
Paulo Cassiano Júnior - Respondo com alegria. Fico feliz por saber que a ação da Polícia foi estranhada por ser ágil. Eu assumo a crítica como elogio ao trabalho que eu desenvolvi, porque é agilidade uma das coisas que sempre se pede nas investigações. As denúncias são encaminhadas ao órgão policial e devem ser investigadas com rapidez. Então, o estranhamento por parte de qualquer pessoa é visto por mim como um grande elogio ao meu trabalho. Eu fico feliz por isso e agradeço pelo elogio.
Folha da Manhã - Há comentários no blog do ex governador sobre golpes para tirar Rosinha e agora querem um golpe como o de 64. São pessoas normais que vão lá e colocam os comentários. O senhor tem alguma declaração a fazer sobre isso?
Paulo Cassiano Júnior - E eu seria importante demais para dar um golpe na prefeitura. Não tenho esse poder.

Folha da Manhã - Não digo o senhor, mas a operação em si.
Paulo Cassiano Júnior - É difícil distanciar a operação de mim, porque eu a presidi e assumo toda a responsabilidade por ela, para o bem ou para o mal. Não me furto a isso. Não vou colocar instituição à frente. Eu estive durante todo o período à frente dela e continuo. E eu seria importante demais para dar um golpe na prefeitura. Não tenho este poder. Não absolutamente nada tendencioso a favorecer tampouco a prejudicar qualquer pessoa. Eu torço para que a prefeita faça um bom governo. Afinal de contas, ela foi eleita pela parcela majoritária da nossa população. Eu sou cidadão de Campos, campista de nascimento, estou residindo de novo aqui. Então, tudo o que vier em benefício da minha cidade eu fico feliz, independente de quem esteja ocupando a cadeira. Nunca houve pretensão de politizar a investigação. Não só a "Cinquentinha", mas nenhuma delas desde eu cheguei. Vai continuar sendo feito assim. O que não significa dizer que a gente vai se acovardar diante de notícias de irregularidades que cheguem, que venham da prefeitura ou de qualquer outro órgão. Se isso vai ser visto como golpe, eu reputo isso a fofoca de blogueiro. Não tenho absolutamente nada a ver com isso. Meu trabalho é absolutamente técnico e vai continuar sendo estritamente técnico e impessoal, bastante equilibrado, porém bastante firme.

Folha da Manhã - Pelo que você apurou da "Cinquentinha", tem dois candidatos beneficiados e dois candidatos que ocupam cargos públicos distintos: prefeito e vereador. Muitas pessoas falam que em Campos a compra de votos seria algo generalizado. Qual é sua impressão acerca disso?
Paulo Cassiano Júnior - O que eu posso dizer é que neste inquérito nós começamos a investigar compra de votos em Vila Nova e, até o momento, o inquérito nos leva apenas a Vila Nova, não sai de lá. O que não significa dizer que não possa ter havia compra de votos em outras localidades. Sendo isso verdadeiro, o que eu não sei oficialmente, o que posso dizer é que, chegando ao conhecimento da Polícia Federal este tipo de prática em outros locais, nós procederemos da mesma maneira. Apuraremos para constatar a veracidade da informação.

Folha da Manhã - O fato de dois dos acusado da compra de votos, Thiago Calil e Assis Neto, estarem na prefeitura, um como subsecretário e outro como DAS... Claro que isso não prova nada, mas é indício de que seria uma espécie de "pagamento por serviço prestado", por exemplo?
Paulo Cassiano Júnior - Não posso afirmar isso porque ainda não tenho elementos nos autos que me levem a afirmar que os beneficiários pela compra de voto tinham participação na prática desenvolvida em Vila Nova. Isso ainda está em apuração. A única coisa que me diz, oficialmente, que o Thiago Calil e o Assis estejam ocupando cargos na prefeitura é que eles gozam da confiança de quem os nomeou.

Folha da Manhã - Já foram ouvidas dezenas de pessoas neste inquérito (64). Existe um jargão de advogados que fala que "testemunha é a prostituta das provas". Concluindo o inquérito, elas poderão ser chamadas, novamente, em juízo. O senhor acha que há a possibilidade de elas mudarem de testemunho? O senhor tem outros elementos, provas documentais?
Paulo Cassiano Júnior - A compra de votos é uma atividade que deixa poucos rastros. Sobretudo, depois de sete meses encerrado o pleito eleitoral. Daí a dificuldade da investigação. Afinal de contas, o dinheiro que compra voto é quase sempre em espécie, não transita em conta bancária, não é oficializado à Justiça Eleitoral, não é declarado, não vai pra Imposto de Renda. É um dinheiro que vem voando. Rastro documental sobre o dinheiro é difícil. Eu ainda tive a grande sorte de encontrar na residência do pai de Thiago Calil, o José Geraldo Calil, alguns registros documentais de que houve a compra de votos: cópias de título de eleitor, relação nominal de algumas pessoas, etc. Isso foi um achado e eu considero uma vitória durante as buscas. O que me dá a convicção de que houve compra de voto é não apenas a quantidade dos testemunhos, mas também a verossimilhança deles. Às vezes é difícil colocar isso num papel, mas a maior parte da comunicação humana é não verbal. É fácil perceber, travando contato pessoal direto com diversas testemunhas, saber que elas falam a verdade, mentem ou ocultam parte da verdade. Até porque nós temos técnicas de entrevistas interrogatóricas e a gente utiliza para perceber isso. Algumas testemunhas eu sei que falsearam a verdade. Outras, sei que não me disseram tudo o que sabiam, mas algumas, e em número suficiente, vieram até mim e confessaram a prática da compra de votos e eu me senti bastante convencido, até porque a história é bem coerente.

Folha da Manhã - Existe uma perspectiva de conclusão do inquérito? A Justiça já deu um prazo maior, conforme o senhor solicitou?
Paulo Cassiano Júnior - Ainda não voltou (o inquérito), mas a tendência é de que seja renovado o prazo. É praxe.

Folha da Manhã: O depoimento do Marcus Alexandre ontem (quinta-feira) trouxe algo que abrisse portas?
Paulo Cassiano Júnior - Sobre o que eu pretendo não. Ele apenas complicou um pouco mais a situação do Calil, mas "choveu no molhado". É apenas uma cereja n o bolo e o bolo já está pronto.

Folha da Manhã - Mas ele negou o envolvimento pessoal no esquema de compra de votos ou confirmou a participação de Calil?
Paulo Cassiano Júnior - Sim, negou o envolvimento dele na compra de votos. Ele nem pode falar sobre o envolvimento de Calil, porque disse que não financiou a campanha dele com Calil em dinheiro, deu apenas material de campanha para que Calil trabalhasse.

Folha da Manhã - Ele chegou a confirmar para a Polícia Federal o que ele disse em entrevista à Folha que Garotinho teria tentado aliciá-lo em campanhas anteriores em troca de dinheiro?
Paulo Cassiano Júnior - Sobre isso eu vou deixar à parte.

Unknown disse...

Pra quem não leu a nota de esclarecimento, você vai rir do que ta escrito, pois eles escreveram a mais pura da verdade.
NOTA DE ESCLARECIMENTO

"Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos:

1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender deputados ou prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição.

2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa.

3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a interromper seu descanso.

Malu Noé disse...

Que Deus nos acuda! No Brasl falar a verdade é pecado mortal. Por falar a verdade fui suspena do Tupi Futebool Club por seis meses...
Mas acho que não mostrar ao povo o que anda acontecendo é crime de consciência e pesadão. Que o programa Casseta e Planeta, possa continuar sempre através do humor levar ao conhecimento de todo brasileiro o que anda acontecendo de maneira "incrivel" pelo Brasil afora.

estamos de ohlo neles disse...

Ministério Público recomenda cassação da prefeita de Mossoró

Parecer da PGE (Procuradoria Geral Eleitoral) encaminhado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recomenda a cassação do diploma da prefeita de Mossoró (RN), Maria de Fátima Rosado Nogueira (DEM), e de sua vice, por uso da máquina pública na disputa eleitoral de 2008.

As candidatas teriam participado de inauguração de obra pública em período vedado pela legislação eleitoral. O Artigo 77 da Lei 9.504/97 proíbe os candidatos a cargos do Poder Executivo de participar de inaugurações de obras públicas nos três meses anteriores às eleições.

Em 23 de julho do ano passado, Maria de Fátima e sua vice participaram da inauguração do Centro Móvel de Treinamento, construído numa parceria com o Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) e a Petrobras com o objetivo formar mão de obra para o mercado de petróleo e gás natural no município.

O vice-procurador-geral eleitoral Francisco Xavier ressaltou no parecer que a prefeita aparece, em fotos e vídeos do evento, descobrindo a placa inaugural e discursando sobre a importância do projeto.

"Não foram, tão somente, 400 pessoas, aproximadamente, que foram alcançadas pelo fato de estarem presentes na solenidade, mas sim, em verdade, essa inauguração alcançou toda a comunidade local, ou melhor ainda, todo o eleitorado municipal, que acompanhou pela imprensa o evento inaugural da obra", afirmou Xavier.

O parecer será anexado no TSE a um recurso da coligação Mossoró pra Você contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, que manteve a candidatura de Maria de Fátima e sua vice. O relator do caso é o ministro Joaquim Barbosa.

Segundo uma pesquisa divulgada esta semana pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, do final de 2008 a março deste ano, 357 prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos no ano passado foram cassados por compra de votos ou uso eleitoral da máquina administrativa. Outros quatro mil processos relacionados à corrupção eleitoral ainda estariam pendentes de conclusão na Justiça Eleitoral.

Anônimo disse...

pois COMO ANDA A POLITICA BRASILEIRA.
NINGUEM QUE TEM UMA CERTA DIGNIDADE NÃO ACEDITA SER COMPARADO COM POLITICO
UMA POLITICA QUE SO SERVE PARA FAVORECER OS MAIS PROXIMOS, ESCONDER OS DESFALQUES E ABANDONA OS SEUS ELEITORES E MUITAS VEZES ATE OS DESPREZAM.
COMO ESTA DEZENDO O PREFEITO DE LIMA DUARTE, QUANDO ALGUEM RECLAMA DE SUA ADMINISTRAÇÃO.
ELE RESPONDE NÃO PEDI SEU VOTO SE ME VOTOU PORQUE QUIZ,ENTÃO NÃO TENHO COMPRMIÇO NENHUM.
ESTE PELO MENOS ESTA FALANDO, OS OUTROS SO FIGEM QUE A POPULAÇÃO NÃO EXISTE.

antonio a moraes disse...

OS MAIS VELHOS SEMPRE TINHA SEUS DITADO POPULAR COMO.
EMQUANDO EXISTIR CAVALO SÃO JORGE NÃO FICA APÉ.
HOJE ESTAMOS VENDO UMA REALIDADENA NOSSA POLITICA ESTAM FALANDO O SEGUINTE.
ENQUADO TIVER VOTOS VALIDOS,
POLITICO NÃO PASSA FOME.
ISTO E UMA COISA QUE DEVEMOS PENSAR PARA PROXIMA ELEIÇÃO.
NÃO TE JEITO DE FAZER UMA REFORMA SEM TIRAR AS PARTES ESTRAGADAS, QUE MUITAS VEZES E MAIS COMODO DESMANCHAR.
OS NOSSOS POLITICOS PELO QUE VEMOS COMENTARIOS SÃO OS MAIORES SALARIOS DO MUNDO. SÃO OS QUE MENOS TRABALHA, EM COMPENSAÇÃO OS MAIS CORRUPIDO.
E QUANDO DESCOTIR SALARIOS PARA OS ASSALARIADOS DIZEM QUE NÃO TEM DINHEIRO, SE DER AUMENTO AFETA O ORSAMENTO E A PREVIDENCIA AFUNDA, PORQUE SO PENSAM EM SE PROPRIO.
NOS VIMOS AQUI EM NOSSA CIDADE A NEGOCIAÇÃO SALARIAL DA PREFEITURA QUE O PREFEITO SEMPRE DIZENDO QUE PEGOU A PREFEITURA NO BURACO, MAS TEVE UM AUMENTO DE ARRECADAÇÃO.
O QUE OS FUNCIONARIOS TEM AVER COM O QUE DESVIADO NEM O POVO E NEM OS FUNCIONARIOS POIS A MÃO, ESTA NA MÃO DE POLITICO.
SE O NOSSO PREFEITO QUE JA MOSTROU NA ADMINISTRAÇÃO ANTERIOR DELE NA PREFEITURA QUE NÃO TEM NENHUMA CONSDERAÇÃO COM A CIDADE E APOPULAÇAO.
ELE TINHA QUE TER PENSADO ANTES. QUE COMPETENCIA NOS JA SABIAMOS QUE ELE NÃO TEM SEUS ACSSORES PIOR AINDA, TIVERAM ATE COMPRAR VOTOS PARA SE ELEGER.

antonio moraes disse...

EU QUERIA SABER QUAL O PREFEITO QUE ACABOU COM O FERIADO DO ANIVERSARIO DA CIDADE.
POIS EM TODA CIDADE DO PAIS TEM FERIADO NO DIA DO PADROEIRO E NO DIA DA EMACIPAÇÃO DA CIDADE.
TARCISIO DELGADO
ALBERTO BEJANI
CUSTODIO DE MATOS
POIS DIZEM QUE TEM MUITOS FERIADO NESTE PAIS, MAS NÃO VER QUE SAMOS NOS QUE PAGAMOS MAIS IMPOSTO E NOSSOS SALARIOS ESTA ENTRE OS MAIS BAIXOS A SAUDE NÃO FUNCIONA, ENTÃO TEMOS QUE COMPENSAR COM OS FERIADOS.

Anônimo disse...

Que isto o BOQUITA, comprou um fiat prêmio? Ou será que recebeu algum prêmio do cu stodio para comprar um carro novo he...he...he... BOQUITA SAFADO, estamos de olho em você.
gostaria de saber como foi o final de semana do Sargento V3, Evo morales e do Cu stodio que não pode mais sair de casa graças aos seus dois secretários de peso.

MARCUS PAULO

Anônimo disse...

ATOS DO GOVERNO DE HOJE 20 MIL REAIS DE ALUGUEL DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA FESTA COUNYRY.580 MIL POR FORA PARA O PREFEITO MENSALHEIRO,TODO MUNDO SABE,CADA UM LEVA O SEU,E TOMARA QUE NÃO MORRA NINGUEM,ENTRA GOVERNO SAI GOVERNO E A CACHORRADA É A MESMA.

Anônimo disse...

O certo seria não comparar nenhuma profissão digna, mas manter presos os não dignos.

Desta forma manteriamos alijados da sociedade politicos, putas, putos, secretario, advogados, pedreiros, pastores e padres E MÉDICOS não dignos.

Lula é o cara disse...

Artigos

Ter, 07 de Abril de 2009 00:16

Marcelo Carneiro da Cunha*, no Terra Magazine

É dura a vida de colunista e escritor. Não adianta eu falar, insistir, berrar aqui nesse espaço ou onde mais me deixarem à solta. Tem que vir o Obama pra dizer em alto e bom inglês que o Lula é o cara, Lula is the man, e aí sim, a imprensa repete aos milhões, o Fernando Henrique tem um choque anafilático de tanta inveja e todo mundo cai na real.

Isso não significa que eu não tenha críticas ao Lula ou ao partido. Minha relação com eles é mais ou menos a que eu mantenho com as mulheres: gostaria que fossem muito diferentes, mas, olhem só as alternativas! Vivemos em um mundo real, com defeitos reais, consequências infelizes da nossa humanidade. Compreender esse mundo e governar para ele, tentando ao mesmo tempo torná-lo melhor, com direito a alguma quantidade de sonho, é o que diferencia um político competente de um estadista. E Lula é um estadista, o maior que já tivemos.

Eu acho que boa parte desse preconceito contra o Lula é preconceito mesmo, do ruim. Olhem o que eu ouvi ontem mesmo de uma moradora de um bairro nobre daqui. Ela explicou que não torce para o Corinthians, porque, afinal "tenho todos os meus dentes e conheço o meu pai". Uffff.

Lula, por exemplo, que mal conheceu o pai, na infância, e não sei quanto aos dentes, mas sei quanto aos dedos, torce para o Corinthians. E eleger o Lula foi um momento sublime para os brasileiros porque ele representou a nossa aceitação de nós mesmos por nós mesmos, condição essencial para uma nação ser algo maior do que um mero país. Eleito, Lula nos libertou e o Brasil deu o salto que todos vivem, mesmo que não queiram ver.

Na América Latina, e eu leio a imprensa dos nossos vizinhos, Lula é idolatrado como um grande líder nacional, que ama seu povo e se dedica a defender os seus interesses, ao mesmo tempo em que tenta sinceramente ajudar e integrar os que nos rodeiam. Somos admirados por que passamos a nos levar a sério e deixamos de puxar o saco do primeiro mundo, como fazia o nosso pomposo FHC. Barramos espanhóis (inocentes, claro) na fronteira exigindo tratamento decente aos nossos viajantes que entram na Europa. Lula não tem medo de ninguém e exige estar no G-20, mas junto com o G-8, ou onde quer que se decida alguma coisa.

Lula ajudou Chávez a sobreviver e hoje o enche de elogios, enquanto sabota seus piores planos e ajuda o Brasil a vender e ganhar muito com a Venezuela. Garantiu o empate na quase guerra de araque entre Colômbia e Equador, fazendo o Brasil atuar como o líder que tem que ser. Lula abriu agências da Embrapa em países africanos, onde nossa biotecnologia tropical vai ajudar a combater a fome e criar uma agricultura moderna. Ele também decidiu que não vamos exportar petróleo do pré-sal, coisa de país atrasado, e sim derivados com alto valor agregado. Isso não é lá visão geopolítica e estratégica? Viajou aos países árabes, nunca antes assunto para nossos governantes e criou laços que hoje se transformam em comércio, bom para todos.

Aqui dentro, já que o Brasil também é assunto, manteve sim a política econômica anterior, mas lhe deu a direção social que faltava. E se alguém acha que isso foi coisa pouca, imaginem as pressões que Lula sofreu, às quais teve que resistir, enquanto a Argentina, aqui ao lado, experimentava heterodoxias com o Kirchner e crescia 10% ao ano. Imaginem o que foi para um ex-torneiro mecânico peitar toda a suposta elite econômica instalada nos principais veículos de comunicação, que tentavam dizer a ele para onde apontar o nariz e que aprendesse a obedecer ou o mundo iria cair, culpa dele. Quem resiste a tudo e segue firme no caminho em que acredita é um líder. L-Í-D-E-R. Acerta e erra, mas lidera.

O maior mérito do Brasil de hoje é nosso, do povo brasileiro. Fomos nós que soubemos mudar, acabar com o PFL, optar pelo moderno e, por isso, hoje nosso destino se divide entre dois partidos e projetos viáveis, PSDB e PT. Se os dois são viáveis, o PT é mais generoso, e por isso a minha escolha.

Provavelmente seguiremos crescendo e nos afirmando como nação moderna e emergente, capaz de alimentar a si e ao mundo, o que para mim já está uma beleza, obrigado. Mas, alguém aí ousa comparar o Lula a gente um tanto insípida, inodora e incolor, como Aécio, Serra e mesmo a Dilma? Vamos talvez seguir rumo à prosperidade, mas de um jeito tão mais sem graça. Vocês conseguem imaginar algum desses nomes acima fazendo a frase sobre "banqueiros brancos e de olhos azuis, que achavam que sabiam tudo de economia" que hoje é repetida no mundo inteiro?

Lula, para mim, representa o fim do enorme desperdício que nosso país sempre praticou, ao ignorar a humanidade e inteligência do seu povo, acusando-o de ser pouco escolarizado. Eu tenho o privilégio de, de tempos em tempos, encontrar com leitores de grupos de EJA (Educação de Jovens e Adultos), na prática turmas de pedreiros, domésticas, carpinteiros, eletricistas; gente que deixou a escola quando criança e voltou agora, para aprender, inclusive, a ler. E ser lido por essas pessoas é uma enorme honra para um escritor que gosta de ser lido. E eles leem como ninguém, minha gente. Com uma garra e encantamento de arrepiar. E raramente têm a chance de trazer essa visão absoluta do mundo, essa experiência toda a para vida do nosso país. Lula, prezados leitores, fez e faz exatamente isso.

Eu conheço meu ilustre pai, para o bem ou para o mal, tenho praticamente todos os dentes e certamente todos os dedos, o que me coloca em uma camada, digamos, privilegiada, no Brasil. Mas, mesmo que não seja exatamente a minha cara, Lula consegue ser a cara brasileira da minha alma, de tantas outras almas de nosso país e, por isso mesmo, ele é, tem sido e vai ser o cara. O Cara, a nossa cara.

Pelo que eu conheço do mundo, essa coluna vai atrair toda uma desgraceira pra cima desse colunista. Pois, muito bem, que venha. Esperar menos do que isso, estar menos preparado do que estou para combater o que vier, seria um desrespeito desse cidadão agradecido aqui, ao seu presidente, a quem tanto admiro e por quem tenho mais é que brigar mesmo. Podem vir, serão todos bem recebidos, e vamos em frente, nós e o Cara, fazer o debate e o país de que tanto precisamos.

Dizer "Esse é o cara" afirma a negritude do Obama e sua admiração por Lula. Vivemos melhor em um mundo assim, de aceitações, reconhecimentos, sinceridades. Se eles, que são políticos, podem, então a gente pode tudo, até mesmo torcer para o Corinthians, imagino, nesse admirável mundo novo que o Século 21 nos traz. (Fonte: blog O outro lado da notícia)

(*) Escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem "O Branco", premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos "Simples" e o romance "O Nosso Juiz", pela editora Record. Acaba de escrever o romance "Depois do Sexo", que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances "Insônia" e "Antes que o Mundo Acabe".

Veto à Emenda 3 corre risco disse...

O veto à Emenda 3, texto incluído pelo Senado e mantido pela Câmara no Projeto de Lei 6.272, de 2005 (PLC 20/06, no Senado Federal), que tratava da Super Receita (Lei 11.457/07), com o propósito de descaracterizar vínculo empregatício entre o prestador e tomador de serviço de pessoa jurídica, poderá ser votado na sessão do Congresso programada para o dia 13 de maio, próxima quarta-feira.

Diante do risco de votação, e, mais do que isso, da ameaça de derrubada do veto, seria conveniente que as centrais sindicais, as confederações, federações e sindicatos mobilizassem suas bases no sentido de pedir a cada deputado e cada senador que vote "sim" pela manutenção do veto, vote "abstenção" ou não compareça à sessão, já que para a rejeição de veto são necessários 257 votos "contrários" de deputados e 41 de senadores.

A eventual derrubada do veto significará um retrocesso inominável nas relações de trabalho, já que as empresas irão contratar apenas "serviços" da pessoa jurídica e não empregados com carteira assinada.

E pessoa jurídica, diferente do trabalhador contratado, não tem jornada definida, descanso semanal remunerado, FGTS, férias, 13º, enfim, direitos trabalhistas e previdenciários, entre outros direitos.

O tema é grave demais e exige uma articulação urgente de todos aqueles que defendem os trabalhadores.

NOVAMENTE LULA É O CARA disse...

Desculpa esqueci de deixar o link de que li sobre LULA É O CARA acima.

http://www.diap.org.br/index.php/artigos/8505-lula-e-o-cara

Uma abraço a todos,
Lélio.

Anônimo disse...

Sobre o PL Azeredo


Oi galerinha,

Seguindo a discussão que o Edgard trouxe sobre cybercrimes, é interessante lembrar do PL Azeredo (89/2003). Trata-se do projeto de lei que estabelece procedimentos e penas para crimes praticados na internet. Ele foi apresentado pelo senador Eduardo Azeredo, e tem gerado uma discussão enorme tanto entre os políticos, quanto especialistas, sociedade civil e movimentos sociais.

Isso porque, da maneira como foi construído, o projeto pode representar o estabelecimento da censura na web. Enquanto se luta pela democratização e inclusão digital dos cidadãos, parece um retrocesso. Há quem o chame de “AI-5 Digital”, em alusão ao Ato Institucional mais ferrenho da Ditadura Militar.

Essa é uma discussão muito importante e que deve ser levada a todas as instâncias, escolas, faculdades e fóruns. Precisamos pensar em estratégias para combater os cybercrimes, especialmente os que atingem a população infanto-juvenil, mas não podemos vetar o gigantesco potencial da internet. A questão é: como articular isso?

http://www.postdobem.com.br/?p=749

Anônimo disse...

EUA iniciam discussão sobre gays no serviço militar

Por Will Dunham

WASHINGTON (Reuters) - O governo Obama está organizando "discussões preliminares" sobre a proibição de membros abertamente homossexuais no serviço militar, disse neste domingo o assessor nacional de segurança da Casa Branca James Jones.

O presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu durante a campanha que mudaria essa regra, mas a questão tem recebido menos atenção hoje em meio ao trabalho do governo em temas como a economia e as guerras no Iraque e no Afeganistão.

Jones disse não saber se essa política --conhecida como "não pergunte, não conte"-- será abandonada, e indicou uma abordagem cautelosa.

"Temos muitas coisas na nossa mesa agora. Isso tem que ser tratado no momento certo... para que seja feito da maneira correta", disse Jones no programa "This Week", da rede de televisão ABC.

Questionado se essa política será revogada, Jones disse: "Não sei... O presidente tem dito que é a favor (de revogar). Vamos apenas esperar. Vamos ter que esperar e ver."

As atuais regras não permitem que o Exército pergunte a orientação sexual dos militares, mas abrem a porta para que as pessoas que admitem ser homossexuais sejam expulsas.

Essa política foi aprovada pelo Congresso em 1993.

"Tivemos discussões preliminares com a liderança do Pentágono, com o secretário (de Defesa Robert) Gates, e com o chefe do Estado-maior (almirante Mike Mullen)", disse Jones.

"Isso será discutido da maneira como o presidente faz as coisas, ou seja: bem deliberativa, bem refletida, buscando todos os lados da questão", acrescentou Jones, general aposentado que já foi comandante dos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.

Uma oficial do Exército assumidamente homossexual divulgou neste mês a resposta de Obama a uma carta enviada por ela para condenar a atual política.

Obama escreveu: "é por causa de norte-americanos fora de série como você que eu me comprometi em mudar a atual política. Ainda que leve algum tempo para isso terminar (em parte porque precisa de atuação do Congresso), eu pretendo cumprir meu compromisso!"
Fonte: Reuters

Anônimo disse...

Onde está a chamada "sociedade civil organizada"? tinha acabado de ler o blog e saindo de casa dei uma passada no Calçadão: que tranquilidade, gente subindo e descendo devagarzinho, aposentados jogando porrinha, camelôs, cidadãos apressados, filas nas portas dos bancos (não consigo entender porque o povaréu adora fazer fila às 6 da manhã se os bancos abrem às 11), pois bem vendo aquela gente toda pensei: se em cada 1000 pessoas que passam aqui por dia 1 souber do que estão tramando contra a nossa cidade nesta questão do lixo é muito. Você mesmo disse aqui outro dia Omar que ninguém lê jornal em Juiz de Fora (muitos compram jornais que só tratam de futebol), a Tribuna só fala alguma coisa sobre o contrato e o novo aterro quando já não tem mais jeito, o JF Hoje fala, mas podia ser mais direto, colocar na primeira página (tá certo não vai vender tanto quando tem foto da Scheila ou da Josy(cá entre nós, vi a Playboy, ela exagerou na turbinada),bom voltando ao lixo e a mídia: o Diário Regional até que tem publicado alguma coisa (não entendi o que dois funcionários do Demlurb faziam olhando as obras do aterro da Queiroz Galvão). Resumindo: é a TV e o Rádio que atingem a população, se estes meios de comunicação não entrarem firme nesta campanha de informação da população, adeus R$ 250.000.000,00 de nossos impostos. Onde estão os ambientalistas? a CUT? a OAB? os sindicatos os professores? os estudantes que fecham a Avenida Rio Branco e que agora não estão nem aí ("tô nem aí, tô nem aí")

Morador indignado do Centro

Mario Marco disse...

Omar,
Sei que você está defendendo seus interesses "Globalinos" (de Rede Globo)mas, você sabe perfeitamente que o programa mais sério de humor no Brasil é o CQC, disparadamente. Aliás, sei, por intermédio de um assessor parlamentar lá de Brasília, que a politicada por lá morre de medo da pauta deste espetacular programa de TV. Esse comentário é só pra fazer justiça a quem merece.

Unknown disse...

Porque tanta ingratidão dos Juizforanos nas urnas com Omar Peres? Porque o ''virus'' da justiça não contamina ao menos um terço dos nossos eleitores?
Como dizia o velho Tio zé.. se colocarmos um tomate podre num saco de tomates sadios, todos os outros apodrecem juntos: e porque o contrário nao acontece?
dr_love@terra.com.co