Já havia rumores que o Banco Panamericano, controlado por Silvio Santos, não ia bem das pernas, mas ninguém imaginava que poderia ter havido fraudes praticadas por diretores da instituição, que alcançam cerca de R$ 2,5 bilhões !
Hoje, bancos no Brasil e, somente no Brasil, não quebram. O controlador de uma instituição financeira em caso de uma crise individual, ou sistêmica, pode recorrer ao Banco Central e, pedir empréstimo equivalente ao rombo que poderia levá-lo à falência , ou intervenção federal.
O banco do grupo Silvio Santos , que tem a Caixa Economica Federal como sócia, opera somente no segmento de financiamentos, sendo automóvel o seu forte. Ano passado, o banco atingiu a significativa marca de R$ 12 bilhões de reais , em operações de crédito voltada exclusivamente para o mercado de carros. O banco não tem depositantes, nem conta corrente, o que significa dizer que nenhum correntista corre o risco de não receber seu dinheiro.
Silvio Santos recorreu ao Banco Central, que lhe emprestou R$ 2,5 bilhões para salvar seu grupo empresarial, pois a quebra do Banco Panamericano levaria à garra, praticamente todo o seu patrimônio .
Moral da história: ser banqueiro no Brasil é o melhor negócio do mundo: se ganha muito, e se por acaso perder, não tem problema, o Banco Central o salva ! Em outras palavras, o povo brasileiro socorre, com seus impostos, o empresário da área financeira que "atravessa uma crise".
Nada contra Silvio Santos, mas cabe uma pergunta : é justo ? Isso é capitalismo ? Não, isso é o Brasil ! Fico pensando no que deve pensar o pequeno e médio empresário brasileiro, que sem nenhum tipo de apoio, sem ter a quem recorrer em tempos de crises, e que trabalha 24 horas por dia para sustentar seu negócio , seus funcionários e pagar seus impostos. O que ele deve pensar nesses momentos em que assiste seus impostos direcionados para sustentar bancos falidos ?
Como dizia Elis Regina, "o Brasil não merece o Brasil ".
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
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6 comentários:
TEMOS QUE VER TAMBÉM AS IGREJAS.
ALÉM DE LAVAGEM DE DINHEIRO PRA TRAFICANTES, TEM OS FAMIGERADOS APOIOS POLITICOS...
QUE NINGUÉM SABE O QUANTO CUSTA.
COM A PALAVRA O BISPO "PEDIR MAIS CEDO"!
Olhem, eu estou encostado no INSS e minha renda caiu em mais de 50%!
Já cortei a internet banda larga, mudei de operadora de TV por uma mais em conta e programação menor, minhas atividades de lazer diminuiram drásticamente, e cada mês que passa a coisa piora. Quando eu não conseguir mais pagar o IPTU, IR, IPVA, LUZ, ÁGUA, TELEFONE, etc e tal, eu posso ir ao BC e pedir um aporte para mim?
Durma-se com um barulho desse!!!!
Júlio Sarchis
Omar. Daqui pra frente, parece que vai valer a pena ler o seu blog. A sua decisão de exigir identificação dos participantes passou a trazer CREDIBILIDADE a este blog, ainda que o número,deles venha a diminuir.MAIS QUALIDADE e nenhum ANONIMO. Parabens. Mauricio Mazetti
Professor, boa tarde!
O PT através de sua propaganda terrorista criticava duramente o PROER, criado para este fim no governo FHC. Espertamente - como fez com os programas sociais - o partidão mudou o nome do antigo Programa de Estímulo e Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional para FGC - Fundo Garantidor de Crédito, que na origem é a mesma entidade.
Quero crer que a bolinha de papel ironizada e precipitada pelo Jornal do SBT, depois o encontro de Lula e Silvio Santos no Planalto antes das eleições e agora um socorro bilionário sejam meras coincidências republicanas. Será????
Mesmo em sua composição privada, o FGC (ou antigo Proer) mantido com recursos das instituições financeiras (públicos e privadas)tem cláusula de exceção que permite ao Tesouro, com nossos impostos, injetar dinheiro ante "grave risco de estabilidade do sistema financeiro nacional...".
Alguém pode questionar que o FGC não tem recursos públicos como se defendia a equipe de FHC quando criticada duramente pela turba petista. É verdade, porém esconde uma mentira. Deve-se salientar que o partido do presidente explicava seu ataque ao Proer assim: "devemos considerar que os maiores contribuintes do FGC são os bancos públicos, visto que grande parte de sua carteira (principalmente poupanças) é que são objeto de 'proteção' da entidade, assim, o FGC é composto em mais de sua metade por recursos advindos destas duas intituições -BB e CEF - públicas, que dando prejuízo o Tesouro é obrigado com nossos impostos a cobrir". Em última análise daquele PT que não existe mais, recursos públicos.
Hoje, para justificar o que não se justificava no governo FHC, o governo dos "trabalhadores"(?) utiliza a mesma cínica explicação tucana, foi uma operação privada!
Mudam-se os partidos e os governos, mas infelizmente não a essência de cuidar da coisa pública no Brasil.
Abraços
GIL
Omar,
concordo!!!
não é brincadeira viver num País de privilegiados!!!
Na verdade o Fundo Garantidor de Crédito não é do governo...
De uma lida na ante penúltima pergunta da entrevista dele...
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/829634-se-pagar-bem-claro-que-vendo-o-sbt-diz-silvio-santos.shtml
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