Tempo de novas ideias

Daqui a pouco, talvez nem cheguemos a um semestre, as lideranças da cidade, as entidades, os partidos entrarão nos primeiros ensaios para o ano eleitoral. Em 2010 teremos um ano de ricas eleições, pois seremos chamados a escolher o presidente, o governador, dois senadores e deputados estaduais e federais. Num primeiro momento, o que se pensa é que o pleito ainda está distante, não é hora de pensar nisso. E é verdade, se formos considerar nomes, mas não quando de trata de a cidade e a região convocarem seus líderes a um estudo sério e competente sobre nossa realidade social e econômica, o que somos e o que pretendemos ser num futuro imediato. Se nosso objetivo é recuperar os tempos perdidos e descortinar um futuro melhor para esta Zona da Mata, então, mesmo sem pensar em candidatos, temos de pensar ideias e projetos, para isso convocando a inteligência da cidade; inteligência idealista a ser arrebanhada em todos os setores, sem preferências e sem discriminações. Em cada setor há muito o que aprender. Para isso, repito, não é cedo demais.




Já tive oportunidade de dizer que são poucas as cidades brasileiras que podem se orgulhar de um potencial de competência como o que temos, patrimônio que se constata com facilidade em setores diversos, diga-se - a bem da verdade - muito mais nas iniciativas privadas e bem menos no campo da administração pública. Outra constatação é que os recursos intelectuais disponíveis são raramente aplicados.

O elogio que faço a essa capacidade de criar, sem deixar de lamentar a pouca importância que lhe damos, vem a propósito deste ano que antecede a campanha eleitoral de 2010, que, todos devemos esperar seja uma campanha propositiva e rica de ideias, razão pela qual comecei a sugerir a convocação da inteligência; não apenas os eruditos e os acadêmicos, mas a sabedoria que está no sentimento do povo, nem sempre suficientemente manifestado. É, portanto, fundamental a participação das representações da comunidade. Os partidos precisam saber disso, sob pena de, mais uma vez, Juiz de Fora entrar numa campanha pobre de proposições e rica em demagogia.

Minha proposta, que nada tem de original, é que as representações comunitárias de que falei adotem um projeto de trabalho solidário. Primeiro passo rumo a uma campanha realista e produtiva. E não há dúvida de que a cidade pode realizá-la em alto nível, tarefa que nem escapa desses que querem galgar a vida pública. Precisamos de ideias e soluções para questões que hoje nos atormentam.