Uma causa persistente

Ontem, quando tratávamos da necessidade de se abrir discussão sobre o futuro da cidade, sabendo-se que dentro de alguns meses estaremos entrando no ano eleitoral, o óbice que sempre ouço é que, antes disso, virão as festas de fim de ano, criando-se um clima pouco propício à discussão de ideias e projetos. Não surpreende, porque haverá sempre da parte desmotivada um argumento para se adiar o estudo que sugerimos sobre questões momentosas para o presente e o futuro de Juiz de Fora.

Há quem recomende aguardar as convenções partidárias, porque elas é que indicarão os candidatos de 2010, e a eles é que temos de falar diretamente. Não é bem assim, até porque o propósito que temos defendido aqui é exatamente antecipar-se à escolha dos candidatos, para que, ao serem consagrados pelos convencionais, saibam exatamente o que queremos deles.

Conhecem todos o respeito que tenho pelas convenções partidárias, e exatamente por isso estou certo de que elas têm de refletir a comunidade, não apenas transformadas em fórum de decisões tomadas por seus escalões superiores. A se manterem as coisas como estão, os convencionais serão tratados, mais uma vez, como incapazes de julgar os candidatos e, muito menos, influir nos programas que eles vão submeter ao julgamento do eleitor.

Tomando-se por base tal observação, é importante que se abra logo amplo e desapaixonado debate sobre os rumos da cidade e como deveria estar representada nos altos escalões do governo e nas casas legislativas, e para isso é preciso a participação de todos os setores ativos.




Os recentes fracassos da cidade não são mais importantes que as preocupações com o futuro, e é em nome dele que precisamos estudar Juiz de Fora.