O MUNDO ESTÁ PARANDO.

Infelizmente, pude atestar, essa semana a dimensão da crise mundial: vi um dos maiores shopping de Miami sem absolutamente ninguém. Foi uma visão assustadora, que se comprova nos dados macroeconomicos.

A industria automobilística, além de falida, acumula milhão de automóveis em seus pátios e sem compradores a vista. Recentemente, a GM americana fez uma promoção, onde você comprava um carro e ganhava um outro !

O sistema bancário internacional, representado pelos gigantes americanos e europeus, em sua grande maioria, quebrou tecnicamente e, se os governos não os capitalizassem, fechariam as portas, o que poderia ter nos levado a uma crise sistêmica sem precedentes e pior, sem saber o que poderia acontecer.

As maiores companhias globais, de todos os setores, anunciam diariamente, a demissão de milhares de operários e executivos que não tem como achar um novo posto de trabalho. Triste.

O que acho interessante nesse processo de literal estatização do sistema financeiro internacional é que os banqueiros, que sempre foram os arautos da livre iniciativa, repudiando a intervenções, o controle e a regulamentação do Estado, foram , dessa vez, os primeiros a pedirem socorro. Ao Estado !!!

O mercado imobiliário americano parou. Está tudo a venda e não se constroi absolutamente nada. Consequência: não se importa mais nada de lugar algum e , assim a China, Brasil e o mundo ,como um todo, não exporta. E por isso, o mundo está parando. Confesso que fiquei com "medo" na hora que vi um shopping center sem ninguém.

O Brasil também irá sofrer. Ou melhor, já está sofrendo. No entanto, entendo que temos ainda um país a ser construído e, se tivermos coragem para tomarmos medidas drásticas que tragam consequências imediatas para a economia, vamos continuar crescendo. Menos que desejamos, mas muito mais que a média mundial. Para isso é fundamental : baixar as taxas de juros para no máximo 6% a.a. , diminuir a carga tributária e aprimorar nossas leis trabalhistas que são as mais "avancadas" do mundo, mas cujo efeito prático é desestimulante para quem quer criar empregos e gerar desenvolvimento.

Além da crise estrutural observa-se também como a trambicagem no mercado financeiro foi prática comum nos últimos anos da era Bush. O grande fundo americano, liderado pelo ex presidente da Nasdac, Bernard Madoff que diziam ser um gênio das finanças, praticava na verdade a velha " pirâmide" tão conhecida de todos nós, onde se promete fortuna fácil, sem nenhum lastro de honestidade. O sr. Madoff deu um trambique, um rombo de mais de USD 50 bilhões! em milhares de cidadãos , incluindo milionários brasileiros, sendo que alguns deles deixaram de se-lo, pois literalmente perderam tudo e mais um pouco. No Brasil, o representante desses "fundos de investimento" era o sr. Alex Haegler. Está desaparecido.

Diz o mercado que o prejuízo de brasileiros vai além de USD 1 bilhão! No Brasil, na Europa e , obviamente, nos EUA, virou pó a economia e a poupança de gente séria, formada por profissionais liberais, professores etc. que trabalharam a vida inteira para poder ter uma velhice tranquila. A absoluta maioria irá para um asilo de governo. Estamos falando de milhares de pessoas.

Temos de acreditar e trabalhar para que essa crise, a maior da história, demore o menor tempo possível. Mas que sirva de lição para os mais jovens, provando que riqueza não se acumula com papeis financeiros imaginários. Riqueza pessoal e das nações só existe como consequência do suor do trabalho e nada mais. Salvo as fortunas de políticos brasileiros. Bem, aí, só o eleitor é quem decide quem deve ou não enriquecer com o seu dinheiro e sem trabalhar...