Seja pela ausência de uma legislação mais objetiva, seja porque não temos instrumentos de fiscalização adequados, ou, ainda, porque entidades empresariais e sindicatos de trabalhadores nunca se reuniram para tratar do aperfeiçoamento de suas relações, fato é que ainda temos de conviver com graves distorções nesse campo, com evidentes prejuízos sociais e econômicos. Não conheço, e penso que nenhum brasileiro conheça, explicações razoáveis que justifiquem a demora de um estágio mais evoluído e mais moderno dessas relações, tarefa tão importante, que, dependendo de disposição e vontade política dos governantes, precisa igualmente de ações da sociedade organizada.
Se formos observar a origem de muitos problemas e desencontros que temos hoje no Brasil vamos constatar, sem muito esforço, que eles resultam de instrumentos de relações de trabalho totalmente superadas, que prevalecem por causa de injusficada suposição de que a modernização seria, necessariamente, uma ofensa aos direitos dos trabalhadores. Nada mais falso, nada tão distante da verdade.
Sabem os leitores que esta não é a primeira vez que abordo tal problema, não por apreciá-lo, mas porque me preocupa demais. Estamos ao sabor de uma estrutura de relações de trabalho que tem inspiração do mussolinismo dos anos 40, dado mais que suficiente para confirmar sua superação no tempo. Não deixa de ser monótono lembrar esse grave envelhecimento, não só pela repetição, mas porque tanto se tem falado e nada acontece para substituí-lo pela modernidade.
Em caráter exclusivamente informativo, tomei conhecimento que a filha de um amigo meu teve sua conta de poupança bloqueada pela justiça do trabalho. Seu pai, Diretor de empresa, foi acionado, indevidamente , por suposta responsabilidade por uma ação do funcionário da companhia para qual ele trabalhou. (e que pagou todos os direitos ao reclamante, que mesmo assim entrou com uma ação). A caderneta de poupança foi aberta pelos avós que depositavam R$ 100 por mês. O saldo da poupança é de R$ 5 mil. A menina tem 5 anos.
O Brasil precisa evoluir nesse campo, pois está ficando para trás ao ser comparado com os países que já se libertaram de modelos superados.
segunda-feira, 23 de março de 2009
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2 comentários:
Omar,
Estou sofrendo o mesmo problema, no intuito de resolver pendências de um antigo sócio, estou tendo carro penhorado, valores em conta e toda sorte de agruras praticadas pelo poder público que é impessoal e tem uma mão grande. Somos roubados por políticos, por ladrões, por todos e agora até pela justiça que, incapaz de buscar o devedor, cobra de ex-sócio de uma empresa dívida constituida pelo real dono.
É brincadeira!!! Falta transparência. O negócio é considerar todos os contribuintes, ladrões, os trabalhadores, coitados e o poder público acima de qualquer suspeita.
Agora vemos o Michel retirar da TV camara o programa que acusa com depoimentos contundentes o nosso Ministro do Supremo, Sr. GIlmar Mendes. E ai quem vcai culpa-lo ou punir este senhor?
Ele é a justiça e tem a caneta do poder, mais que uma espada.
parece até um ser inanimado.
Vamor mudar isso um dia.
Omar,
Concordo plenamente com você. Justiça que justiça? Tenho uma ação no Juizado Especial de Pequenas Causas em JF o processo está adormecido no mesa do Juiz. Coitado! Recebi tão pouco!!!! Em tempo, como os ricos consequem sentença tão rápidas??? Será que a Justiça é cedo ou sou eu????
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