PROPOSTAS PARA A RETOMADA DO DESENVOLVIMENTO I : UMA AGENCIA DO BDMG EM JUIZ DE FORA .

A Zona da Mata vem empobrecendo, de forma dramática, há mais de 40 anos. São diversos os motivos, mas diria que o mais importante deles foi a falta de políticos que "obrigassem" o Estado, a investir o mesmo volume de recursos públicos que, por exemplo, nas últimas décadas, foram alocados ao Triângulo Mineiro.

Quem tiver interesse em se aprofundar sobre os problemas de nossa região, vale a pena ler o livro do Professor César Henrique Barra Rocha : ZONA DA MATA MINEIRA . Pioneirismo, atualidade e potencial para investimento. Funalfa Edições. Por ele, você entende os motivos do abandono e pobreza da Mata.

Outro grave problema é a agressiva politica fiscal implantada pelo Estado do Rio, que atinge diretamente Minas Gerais. Em outras palavras, as isenções de impostos oferecidas pelo Rio, para a implantação de dezenas de novas industrias em Três Rios, Paraíba do Sul, Sapucaia etc. , incentiva também, o que é drástico e vergonhoso, empresas mineiras a se deslocarem de Minas para o Estado vizinho.

No caso de Juiz de Fora, o caso mais eloquente é a empresa Paraibuna de Papeis, tradicional empresa de embalagens de nossa cidade, que investiu milhões em uma nova planta industrial na vizinha Sapucaia - RJ, criando centenas de empregos para os fluminenses, sendo que seu principal investimento (financiado pelo BDMG) encontra-se em Juiz de Fora.

E porque os dirigentes da Paraibuna tomaram a decisão de investir no Estado do Rio, e não em Minas ? Porque simplesmente a carga fiscal , e as vantagens oferecidas pelo governo fluminense são infinitamente maiores que as existentes em Minas Gerais. Resultado: a Zona da Mata não só, não recebe nenhum novo investimento , como perde os que existem em nosso próprio território.

A "culpa" é dos dirigentes da empresa ? Não ! A absoluta responsabilidade é do governo do estado, principalmente do atual governador Anastasia, que nos últimos 8 anos foi o responsável pela gestão da máquina do governo mineiro, e portanto aquele que nada fez para mudar esse desequilíbrio fiscal entre Rio e Minas. Consequência: os únicos perdedores foram nós os mineiros .

Há cerca de 3 meses ( maio de 2010 !), o governo mineiro editou um pacote fiscal para incentivar a atração de novos investimento em nosso estado. Já era tarde: o Estado do Rio já tinha recebido bilhões na implantação de novas empresas. Todas elas, em cidades vizinhas à Zona da Mata. Perdemos o trem da história. Uma década perdida simplesmente porque o governo de Minas cruzou os braços e se recusou a enfrentar o Estado do Rio.

Mas, diante desse quadro, o que fazer ? Quais são as soluções ? Minha sugestão, já entregue formalmente ao meu amigo Hélio Costa, o provável futuro Governador de Minas, é a

ABERTURA DE UMA AGÊNCIA DO BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE MINAS GERAIS - BDMG , na cidade de Juiz de Fora, cujo objetivo será a criação do PROMATA, com projeto de recuperação da economia da economia da Zona da Mata, baseado em três pilares:

1) oferecimento de crédito para empresas nacionais e estrangeiras investirem na região;

2) elaboração, junto com os técnicos da Secretaria Estadual da Fazenda, de um pacote fiscal, ainda melhor que o atualmente oferecido pelo Estado do Rio de Janeiro;

3) realização de seminários nas Federação Nacional das Industrias, dirigidos aos industriais e empresários de todo o Brasil, para mostrar e oferecer o PROMATA , como o novo e principal projeto da retomada do desenvolvimento da Zona da Mata Mineira. O mesmo seminário, deverá ser realizado também no exterior, particurlamente na Italia, França, Estados Unidos e Alemanha, países que possuem diversos investimentos em nosso Estado.


Mas o fundamental, o que vai atrair novos investimentos, será a agência do BDMG em Juiz de Fora. Com equipe formada exclusivamente por técnicos, o banco será o grande instrumento para a base de um novo ciclo de desenvolvimento para a nossa região.

Hélio Costa me deu sina verde e anunciou em Leopoldina, em minha casa, que adotou a idéia e criará a agência do BDMG em Juiz de Fora.

Vamos em frente. Que comecemos, já a partir do dia primeiro de janeiro de 2010, não só a recuperar nossa abandonada região, mas principalmente, trazer de volta o otimismo e um futuro melhor para nossos filhos.